Desde o início da pandemia da Covid-19, a luta contra a doença no Brasil tem sido a de um embate duplo: por um lado lidando com a disseminação do vírus, e por outro com a indecente negligência e incompetência apresentadas pelo governo bolsonaro, incluindo as fake news e grossas mentiras difundidas o tempo todo a respeito do assunto.
É de se admirar que tenhamos sobrevivido ao último ano sem um colapso sanitário ainda mais amplo, multiplicando o caso de Manaus, já suficientemente dramático, pelo país todo. Se em alguma medida atenuou-se a tragédia, foi por conta de bravos atores da linha de frente e da ciência, da herança bendita de um sistema único de saúde, e dos muitos que acreditamos em nos proteger e em proteger o outro.
Mas a cifra de mais de 215 mil mortos e contando corresponde já a um percentual da população brasileira sem zeros depois da virgula. E o crédito dessa mortandade é por inteiro da besta que nos preside, de seus ministros e milicos estrambóticos, da boiada cega que o tem como um líder mítico e por ele seguiria, ou já segue, em marcha feliz para o matadouro.
O que temos como alento para o futuro é o advento das vacinas. E aí mais uma vez comparece a estupidez oficial, passada e presente: desdenha da importância da imunização, descuida de garantir a reserva e importação de doses, ameaça o fornecimento de insumos necessários para a fabricação local, e desorienta o público com inexistentes terapias preventivas para a doença. Por isso são tão importantes iniciativas como a campanha Todos pelas Vacinas, lançada em todo o Brasil na quinta-feira 21 e apresentada pela Dra. Ana de Medeiros Arnt, nossa convidada ilustre, no Em casa e (ao) vivo do último sábado.
Com as músicas e o bom bate-papo de sempre, o programa retornou de férias bem bronzeado de netflix, como vocês podem conferir aqui ou na videoteca do site neilisboa.com.br. O assunto maior da noite foi obviamente o início conturbado da vacinação no Brasil, entre sustos e esperanças, e a certeza de que a mensagem que a Bebete já tanto repetiu em seus episódios de fiscal da pandemia segue valendo para todos. Mas vale bem mais, e em múltiplos sentidos, para o Bozo que nos desgoverna. Diz aí, Bebete.
— Vai pra casa!!!
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